quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

SEBOS RESISTEM À IDEIA DO FIM


Proprietários e frequentadores dos sebos têm em comum a chance comprar e vender livros usados a baixo custo, a paixão pelos livros e a oportunidade de adquirir ou oferecer obras raras

Em comum eles têm a paixão pelos livros - novos e usados. É esse amor que faz com que os donos de sebo resistam e persistam aos avanços e facilidades da internet, com opções em primeira mão a preços bem em conta. Em Belém, o número de estabelecimentos que sobrevivem da venda de obras usadas está cada vez menor. Os mais antigos já fecharam as portas, outros lutam para manter essa cultura viva, oferecendo raridades ao um custo baixo e diversificando seus negócios.
José Carlos Lima é proprietário daquele que talvez seja o sebo mais antigo, ainda em funcionamento, já que O Econômico, Baú, O Arqueólogo e a Confraria do Livro - fecharam as portas, este último ainda está se desfazendo de seus exemplares. Professor de filosofia concursado, Carlinhos como é mais conhecido por seus clientes, abriu a Cultura Usada em 1994, bem no centro da cidade, na avenida 28 de Setembro com a Presidente Vagas. Antes disso, vendia já alguns exemplares usados em uma banca de revista na Universidade Federal do Pará, onde estudava.
Movido pela paixão, reuniu algumas obras e foi trabalhar com elas. "Sempre gostei muito de livros, sou um bibliófilo, cheguei a ter uma editora, a Poética e a me aventurar a escrever o meu próprio livro", conta.