Dia 15 de fevereiro se comemora a fundação do Theatro da Paz e o nascimento do maestro Waldemar Henrique (1905-1995).
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Fonte: Embaixada de Portugal |
O Theatro da Paz, que originalmente chamava-se Theatro Nossa Senhora da Paz, nome dado pelo Bispo da época Dom Macedo Costa, em homenagem ao fim da guerra do Paraguai, porem sua nomenclatura foi modificada a pedido do próprio Bispo, ao ver que o nome de "Nossa Senhora" seria indigno figurar na fachada de um espaço onde se tinha apresentações mundanas e sem representação eclesiastica alguma.
Construído com recursos auferidos da exportação de látex, no Ciclo da Borracha. Atualmente é o maior teatro da Região Norte e um dos mais luxuosos do Brasil, com cerca de 130 anos de história é considerado um dos teatros-monumentos do país. Possui linhas neoclássicas e foi construído no período áureo da exploração da borracha na Amazônia.
Mais informações sobre o Theatro:
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Fonte: Azafi Andrade |
Waldemar Henrique da Costa Pereira foi maestro, pianista, escritor e compositor brasileiro. Artista símbolo do Pará. Waldemar Henrique era filho de um descendente de portugueses e de indígenas. Depois de perder a mãe muito cedo, foi com o pai para Portugal, retornando ao Brasil em 1918. A partir de então viajou pelo interior da Amazônia, época em que travou contato com os elementos da cultura e do folclore amazônicos que seriam mais tarde característicos de sua obra musical.
A primeira música de sucesso de Waldemar Henrique foi Minha Terra, composta em 1923. Em 1929 estudou no Conservatório Carlos Gomes. Sua família era contra, e seu pai insistiu para que ele se desviasse de sua vocação empregando-o num banco.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1933, de volta a Belém, emprestava seu prestígio ao teatro. Em 1965, o maestro passou a gerenciar o Da Paz, quando foi nomeado diretor do Departamento de Cultura da Secretaria de Estado de Educação e Cultura. Tornou-se então íntimo do espaço: foi no camarim 7 que ele morou e trabalhou durante os 15 anos de sua gestão.
Waldemar Henrique
Esse brasil tão grande, amado
É meu país idolatrado
Terra de amor e promissão
Toda verde, toda nossa
De carinho e coração
Na noite quente, enluarada
O sertanejo está sozinho
E vai cantar pra namorada
No lamento do seu pinho
E o sol que nasce atrás da serra
A tarde inteira rumoreja
Cantando a paz da minha terra
Na toada sertaneja
Este sol, este luar
Estes rios e cachoeiras
Estas flores, este mar
Este mundo de palmeiras
Tudo isto é teu, ó meu brasil
Deus foi quem te deu
Ele por certo é brasileiro
Brasileiro como eu.
É meu país idolatrado
Terra de amor e promissão
Toda verde, toda nossa
De carinho e coração
Na noite quente, enluarada
O sertanejo está sozinho
E vai cantar pra namorada
No lamento do seu pinho
E o sol que nasce atrás da serra
A tarde inteira rumoreja
Cantando a paz da minha terra
Na toada sertaneja
Este sol, este luar
Estes rios e cachoeiras
Estas flores, este mar
Este mundo de palmeiras
Tudo isto é teu, ó meu brasil
Deus foi quem te deu
Ele por certo é brasileiro
Brasileiro como eu.
Waldemar X Da Paz
A relação entre Waldemar Henrique e o Theatro da Paz rendeu apenas um registro, o LP “Projeto Uirapuru: O Canto da Amazônia”, relançado em 1997 pela Secult e que atualmente está fora de catálogo. Outro raro registro é o documentário “Waldemar Henrique da Costa Pereira” (TV Cultura). O filme, restaurado em 2008, faz parte do acervo Museu da Imagem e do Som do Pará. O MIS também é o fiel destinatário da Coleção Waldemar Henrique, com centenas de fotos, partituras, correspondências e até mapas astrais produzidos pelo maestro. No ano passado, a coleção ganhou uma versão digital, o DVD “Coleção Waldemar Henrique”.
Destinado a bibliotecas e escolas públicas, o material não está disponível para venda. Para consultar o acervo é preciso agenda visita através do telefone 4009-8809.
Para conhecer mais de Waldemar Henrique indicamos:
E pra comomerar hoje Recital em comemoração aos 133 anos do Theatro da Paz e 106° aniversário do maestro Waldemar Henrique. Hoje (15), às 20h, no Theatro da Paz. Entrada franca.
Com uma hora de duração, o programa terá a difícil tarefa de abranger a extensa obra do maestro, incluindo, além de seu repertório amazônico, canções abertas, pontos de candomblé e maracatu.
No recital estão Patrícia Oliveira, e Carmen Monarcha, com, acompanhadas no piano por Ana Maria Haddad.
Fonte:
Abs Cordiais.
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